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Psicóloga Thainá Castilhos comenta sobre o isolamento social que afetou a sociedade com a Covid-19

Segunda-feira, 04 de Dezembro de 2023 às 10:50

Por Redação in Foco

capa psicóloga

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou dados recentes acerca do aumento do número de suicídio. Segundo o órgão, a cada 100 mortes, pelo menos 1 delas está atrelada a esse fato. A discussão sobre a temática, entretanto, é pouco comentada principalmente em meios midiáticos para a grande massa, tendo suas peculiaridades reduzidas tão somente ao meio acadêmico e a consultórios de psicologia.

A psicóloga Thainá Castilhos, que atende na Sulmed em Mimoso do Sul, nas terças, quintas e sextas-feiras à tarde foi entrevistada pelo Site Mimoso In Foco e trouxe algumas informações pertinentes sobre doenças de cunho psiquiátrico que afetam a sociedade contemporânea e que tenderam a ser intensificadas a partir do isolamento social provocado pela proliferação do Covid-19.

“Olhe para dentro, para as suas profundezas, aprenda primeiro a se conhecer.”

Sigmund Freud

contracapa

“Sem dúvidas um dos maiores prejuízos causados por situações excepcionais e pandêmicas como a que provocou o isolamento social em 2020 é a perda de vínculos humanos e contato físico, o que a médio prazo pode gerar uma sensação de solidão e aflição”, diz a profissional. “É necessária uma breve reflexão sobre como somos criados, enquanto seres humanos. Somos seres sociais, acostumados a sempre manter contato com outras pessoas, e o isolamento inviabilizou esse contato, acarretando na sensação de solidão relatada por muitas pessoas que se viram sozinhas dentro de casa; sentimento capaz de causar grande sofrimento e posteriormente desencadear em crises de ansiedade , depressão, entre outros prejuízos emocionais. O distanciamento, quebra de rotina e consequente afastamento de vínculos sociais foram os principais fatores a desencadearem prejuízos mentais causados pela pandemia.”

Quando perguntada sobre o efeito negativo que notícias ruins e perdas podem causar no psicológico, a psicóloga nos advertiu que “o sentimento de perda e luto sempre estiveram presentes no cotidiano, mas a frequência com que temos contato com as notícias ruins e de perda se intensificou com a proliferação do Covid-19. Ao ligar a televisão, somos informados sobre a situação do país e quando tentamos manter contato com familiares por meios de internet ou telefone, escutamos notícias de pessoas queridas que estão infectadas com a doença ou que não sobreviveram a ela. Se esse sentimento de perda e angústia está te atrapalhando a desenvolver suas atividades e você percebe características patológicas e não naturais, é recomendado que procure um profissional da psicologia para que auxilie com atividades psicoterapêuticas, exercício de autoconhecimento e a procura pela forma de lidar com essas situações. Contar com o apoio de amigos e familiares também é fundamental.”

Thainá Castilhos diz que não existe uma vida perfeita ou uma fórmula mágica onde não enfrentaremos tristezas, perdas ou frustrações. É alvo da psicologia, entretanto o estudo daqueles que não conseguem passar por esses pontos negativos tão comuns da vida, e acabam carregando mágoas e feridas que não se cicatrizam tão facilmente. Não é vergonha procurar ajuda de profissionais! Se você está passando por isso, deve reconhecer que existe um caminho de melhora a ser trilhado!

Como dito anteriormente, a OMS adverte que o número de suicídios aumentou consideravelmente em 2020. Thainá diz que “campanhas como o setembro amarelo são fundamentais para que se discuta essa temática, mas esse assunto não deve ser reduzido a pautas de apenas um mês. Deve-se falar sobre isso durante o ano todo, não encarando como um tabu ou como uma realidade muito distante de nossas vidas. Infelizmente o suicídio tem se tornado uma das maiores causas de morte na sociedade contemporânea, motivado por doenças como depressão ou ansiedade. Nem sempre a tristeza em si é um dos sintomas mais gritantes nessas situações: é comum que aquele que pensa em suicídio procure não demonstrar esses sentimentos em seu dia a dia, sendo recomendado observar as oscilações de humor e mudanças de comportamento. O diálogo responsável e a psicologia, entretanto, podem nos ajudar a mudar essa realidade.

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