História de Mimoso
Quinta-feira, 07 de Dezembro de 2023 às 23:09
Por Gilberto Braga Machado
Escritor e Presidente da Academia de Letras de Mimoso do Sul.
Foto: Renata Mofatti
Na festa maior de Mimoso do Sul em 1953, construiu-se um largo palanque de madeira, que lembrava um barco de boas proporções à bombordo e a estibordo. Estava coberto de pindoba e recoberto com uma grossa lona, dessas usadas pelos caminhoneiros. A alvorada era o must nessa ocasião, com bandas de música tais como: a Lira de Apolo de Campos dos Goitacazes que sempre comparecia.
Certa vez a cidade teve a honraria em receber a legendária e coreográfica Banda dos Fuzileiros Navais do Rio de Janeiro. As barracas de cores variadas, vendendo desde utensílios domésticos, roupas e vários outros apetrechos. A maçã do amor, os jogos dos dados, numa mesa improvisada e um surrado copo de couro chocalhavam dados que alguns consideravam viciados. Na tradição gastronômica ressalta-se num viés cultural, sob 10 ou 12 graus centígrados, degustava-se um suculento caldo de mocotó pela mestra Marcionilia, para abrandar o frio.
No ano acima citado, a atração foi o cantor Roberto Carlos aos 12 anos, acompanhado da mãe Lady Laura e da querida e saudosa Tia Antonica. Até hoje pairam dúvidas se o Rei Roberto Carlos, nasceu ou não em Santo Antônio (ex-das garruchas), simpático e folclórico distrito de Mimoso do Sul. Os times da cidade Independente Atlético Clube e o Sport Clube Ypiranga, ou se enfrentavam, ou disputavam com agremiações de outras cidades, nesses eventos festivos.