Policial
Sexta-feira, 08 de Dezembro de 2023 às 02:55
FOTO: Beatriz Caliman
FONTE: Gazeta Online
Dois homens foram presos na noite de quarta-feira (13) em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado. A dupla se passava por dono e contador de uma empresa de mármore de Mimoso do Sul. Em dois meses eles emitiram em nome do dono da empresa, mais de R$ 8 milhões em notas fiscais. Outras empresas podem ter sido lesados pelos falsários.
Luiz Carlos Bufon, 48, se passava por dono da empresa, enquanto Diogo Rosa de Araújo, 32, seria o contador da firma. O esquema foi descoberto em Cachoeiro, depois que a funcionária de uma empresa legalizada, que emite certificados digitais, cobrou pela emissão de três certificados aos verdadeiros donos da empresa.
Os verdadeiros proprietários comunicaram o caso à Polícia Civil. “Quando a vítima cancelou os certificados, houve problema para os falsários. Em contato com a empresa que emite certificados, que também desconfiou do golpe, o contador falou que iria a empresa”, afirmou o titular da delegacia Patrimonial Jose Augusto Militão.
Na empresa, a polícia aguardava o estelionatário e o prendeu em flagrante com a carteira de identidade falsa com o nome do dono da empresa. De acordo com o delegado, foi o suposto contador que indicou aonde ficava a casa do falso dono da empresa.
No local, foram apreendidos uma caneta revólver, cartões de crédito, identidades, dinheiro, cheques e diversos carimbos de outras empresas. De acordo com a polícia, as notas emitidas seriam vendidas a outras empresas para sonegar impostos.
“Essa prisão foi apenas à ponta do iceberg. Esse caso pode ter outros desdobramentos. Todo o material será periciado e encaminhado cópia da investigação para ao Ministério Público e Receita Federal para localizar quem comprava essas notas fiscais provenientes de atos ilícitos”, afirmou o delegado.
Após prestar depoimento, Luiz Carlos Bufon e Diogo Rosa de Araújo foram encaminhados ao Centro de Detenção Provisória de Cachoeiro de Itapemirim. Eles foram presos por falsidade ideológica e de documento público, associação criminosa e estelionato. Se condenado Diogo pode pagar pena de até 19 anos de prisão. Já a pena de Luiz pode chegar a 25 anos, também por posse de arma restrita.