Noticiário
Segunda-feira, 04 de Dezembro de 2023 às 10:29
TEXTO: Henrique Mofati
Mimoso do Sul tem sido alvo de diversas tentativas de golpes direcionadas, principalmente, a microempreendedores individuais (MEI). Os golpistas se identificam como membros do Governo Federal, realizando ligações telefônicas para os empresários. Sob a justificativa de que estão coletando dados e atualizando informações para constar no sistema online e consequentemente facilitar o encontro da empresa nos mecanismos de busca, o atendente induz a vítima a emitir assinatura eletrônica, encaminhada por e-mail ou WhatsApp.
Trata-se, na verdade, de um golpe, cuja vítima acaba por comprometer-se à assinatura de um termo de autorização para figuração, que nada mais é que um contrato. Após a assinatura, transcorrido prazo de aproximadamente 20 dias, os golpistas realizam novo contato telefônico, dizendo que o microempreendedor individual possui uma dívida relativa ao pagamento de caráter publicitário, pelos próximos 12 meses.
Respaldados pela assinatura da vítima, a empresa golpista começa a realizar diversas ameaças no sentido do bloqueio de contas bancárias e negativação de CPF e CNPJ do indivíduo; ações essas que deixariam de ser realizadas caso a vítima efetue o pagamento, via PIX, de multa contratual. Nesse momento, a vítima, desesperada, acabar por efetivar o pagamento.
As empresas que realizam esse tipo de golpe são focadas em catalogar novos microempreendedores individuais e, munidos de dados públicos da empresa, entram em contato com os empresários e realizam todo tipo de golpe. “O alerta fica para que os mimosenses não assinem qualquer documento sob justificativa de atualização de bancos de dados, nem sequer atendam ligações de indivíduos se passando pelo Governo Federal ou agências de marketing catalizadoras de empreendimentos para constar em bancos de dados online”, recomenda a equipe da Sala do Empreendedor.
O golpe, conhecido como “golpe da lista telefônica” é sustentado pela autorização de representação, assinada pela vítima, que é induzida a erro. Na verdade, a autorização para representação se trata de um contrato disfarçado, inclusive com efeitos legais. Dificilmente, entretanto, o nome dos microempreendedores é negativado, uma vez que as empresas que atuam nesse tipo de golpe procuram não chamar atenção jurídica, o que poderia inviabilizar o funcionamento destas por meio de uma ação judicial, e, consequentemente, impedir a sua atuação criminosa e a lesão de futuras vítimas.