Por Renata Mofatti
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O “Boca no Trombone” retrata a situação frequente que ocorre no Bairro Monte Cristo: moradores que ateiam fogo em lixo doméstico e folhas secas.
Além do incomodo causado a toda a vizinhança em que a fumaça invade as residencias, o ato é criminoso e para quem for flagrado praticando queimada urbana, a multa de acordo com a lei estadual é a partir de R$ 499,00.
“A fumaça invade nossos lares, incomoda, faz mal, é prejudicial a saúde, as roupas que estão estendidas e lavadas no varal devem ser recolhidas imediatamente, mesmo úmidas, ou terão que ser lavadas de novo. É uma falta de respeito com o próximo!”, contaram alguns moradores que pediram para não ser identificados.
Os problemas não páram por aí… Se o fogo se propagar pode atingir residências, sem falar que essa prática traz prejuízos para a cidade e para o meio ambiente, causando poluição. Além disso, a fumaça pode prejudicar o trânsito, causar acidentes e prejudicar a saúde principalmente de idosos e crianças que têm problemas respiratórios.
Uma dica prática e inteligente para substituir a queima de lixo doméstico é a reciclagem inteligente. Em nosso município há latões de lixos para os recicláveis e não recicláveis. Se por acaso o morador não puder depositar esses lixos nos latões próprios, o lixo pode ser separado no aguardo diário da coleta que é feita diariamente sem a necessidade da queimada. O recomendado é nunca fazer a limpeza do terreno ateando fogo. Os incêndios oferecem diversos riscos.
Terrenos baldios
Terrenos baldios também são vítimas frequentes deste tipo de ato e com a chegada do período de seca, os focos de incêndio em terrenos baldios tendem a aumentar na área urbana. O problema é a falta de conscientização popular.
O que diz a Organização Mundial de Saúde?
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a fumaça produzida pela queimada urbana produz substâncias químicas que penetram no solo e nas plantas, expondo as pessoas ao risco de adoecerem tanto pela inalação quanto pela ingestão de alimentos contaminados com material particulado (pó da queimada urbana), monóxido de carbono, ácido clorídrico, ácido cianídrico, benzeno (causador de pedra nos rins), estireno, formaldeído, arsênio, benzopireno, dioxina, furano, hidrocarbonetos policíclicos e metais pesados. A queimada urbana é crime ambiental, de acordo com as legislações estaduais e federais.